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USO ABUSIVO DE PSICOTRÓPICOS.

Atualizado: 26 de fev. de 2019


Segundo Birman (1999), a psicopatologia da “pós-modernidade” caracteriza-se por um funcionamento psíquico de fracasso na realização e na glorificação do Eu e na estetização da existência, ou seja, o fracasso em participar da cultura do narcisismo e do espetáculo.


Daí a depressão, a síndrome do pânico, a toxicomania.


Deprimido ou em pânico, o sujeito não mais está apto a exercer o fascínio da estetização da existência e passa a ser considerado um perdedor, segundo os valores axiais dessa visão de mundo.


Os sofrimentos, como a ansiedade, a angústia e a tristeza, que sinalizam circunstâncias e situações humanas e para elas preparam o homem, são aplacados pela medicação através da medicação, busca-se permanecer no estado de prazer e alegria, ao preço de se eliminar parte da experiência humana.


Homem com depressão
Homem com depressão

Surge, então, as medicações.


Aos opiáceos sucedeu a cocaína, depois foi a vez dos barbitúricos, logo vieram as anfetaminas e, enfim, chegaram os ansiolíticos, a busca, nos medicamentos, de uma cura padronizada para todos os males da alma..


O uso de substâncias psicotrópicas em geral ocorre com objetivos médico-farmacológicos, no controle de doenças psiquiátricas ou da dor, mas também pode ser feito em pesquisas científicas, cerimônias religiosas ou de forma recreacional.


Todo psicotrópico gera dependência? Não necessariamente.


A capacidade de gerar dependência é influenciada por diversos fatores, incluindo a via de administração, o mecanismo de ação, o metabolismo e a meia-vida da droga.


Como os psicotrópicos são representados por grupos bem diversos de substâncias, é difícil fazer qualquer generalização sobre a capacidade deles de gerar dependência, no entanto, por agirem no SNC, é possível dizer que todo psicotrópico tem o potencial de gerar dependência psicológica ou física e efeitos adversos graves, devendo ter seu uso controlado por medidas legais, ou seja é de suma importância que se estabeleça um diagnóstico correto para evitar o uso abusivo de psicotrópicos.


http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932003000100006


 

Dra. Claudia Soares Alves

Médica Neurologista

CRM GO 12452  |  CRM MG 41000

RQE 7919 e 6115






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